Frei Miguel Ângelo, Cesare Serafini, nasceu em 30 de outubro de 1908, em Cingoli, Itália. Em 13 de outubro de 1916 ingressou no Seminário dos Capuchinhos de Corinaldo. Em 17 de setembro de 1925, ingressou no noviciado de Camerino. Em 4 de outubro de 1926 fez a sua Primeira Profissão Religiosa na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, na mesma cidade do noviciado. Em 1º de novembro de 1929 fez sua Profissão Solene e Definitiva na Ordem dos Capuchinhos na cidade de Civitanova. Em 29 de julho de 1934 foi ordenado sacerdote.

Em 28 de outubro de 1935 chegou ao Brasil. Nos seus primeiros vinte e cinco anos em terras brasileiras, atuou no Estado da Bahia. Inicialmente passou por Esplanada. Lá foi professor do Seminário, Mestre de Noviços e missionário pela região circunvizinha. Em seguida, se alternou nas desobrigas das paróquias de Jaguaquara e Vitória da Conquista.

Em junho de 1961 chegou a Aracaju – Sergipe, onde permaneceu até o final de sua vida. Os superiores o transferiram à capital sergipana para conduzir os trabalhos de edificação da nova igreja e convento dos Capuchinhos, ali recém-chegados. Para conseguir o que pensava e queria, Frei Miguel fez um programa que observou escrupulosamente nos mais de cinquenta anos que passou em Aracaju.

Tudo começava com a celebração da missa às 6 horas da manhã. Após a missa ia de ônibus até a praça da Catedral. Dali, sempre a pé e com o hábito, se encaminhava por todas as direções. Visitava os pobres, dava assistência aos doentes, amenizava as dores ocultas e silenciosas do povo, confessava nos hospitais ou em repartições públicas. Sua obra era ouvir, aconselhar, levar a Eucaristia, dizer uma boa palavra, abençoar, deixar uma esmola pelo amor que tinha para com todos.

À tarde, das 15 horas até o começo da noite. Apoiando uma mão no ombro do penitente, escutava a todos. Não somente escutava, mas dava conselhos pertinentes que se equiparavam aos de um psicólogo nato. Ele ainda foi muito notório pela larga administração do Sacramento do Batismo.

Faleceu aos 9 de janeiro de 2013, em Aracaju, contando 104 anos de idade, com fama de santidade.