Os Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e 27 companheiros mártires foram mortos por holandeses em 1645, na capitania do Rio Grande, atual estado do Rio Grande do Norte.

Enquanto o Padre André de Soveral celebrava a Santa Missa na capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú, no dia 16 de julho de 1645, a igreja foi invadida por soldados holandeses e índios que assassinaram a 69 pessoas. Estas, sem expressarem resistência, entregaram a alma a Deus.

Em 3 de outubro do mesmo ano um segundo grupo, formado pelo Padre Ambrósio Francisco Ferro e 79 leigos foi levado ao porto de Uruaçu, onde um pastor calvinista tentou abjura-los da fé católica. Resistindo, foram mortos por ódio à fé.

O martírio de Cunhaú e Uruaçu, no contexto da invasão holandesa, por intolerância religiosa e ódio à fé, ceifou a vida de 149 católicos, entre sacerdotes e leigos, homens e mulheres, crianças, jovens e adultos, brasileiros e portugueses. Todavia, além dos dois padres, somente foram identificadas 28 vítimas: Mateus Moreira, Antônio Vilela, com sua filha; José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, João Lostão Navarro, Antônio Vilela Cid, Estêvão Machado de Miranda e duas filhas; Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, Antônio Baracho, João Martins e sete companheiros; Manuel Rodrigues Moura e sua esposa; uma filha de Francisco Dias.

As últimas palavras do leigo Mateus Moreira, ao lhe ser arrancado o coração, foram: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. Por isso, com aprovação da Santa Sé, a CNBB o declarou Patrono dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística.

São João Paulo II, ao beatificá-los, no dia 5 de março de 2000, chamou-os “Protomártires do Brasil”. Foram canonizados pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017.