Santa Gertrudes, chamada a “Grande”, para distingui-la de várias outras santas do mesmo nome, nasceu 1256, na Alemanha. Seus pais confiaram sua educação ao mosteiro cisterciense de Helfta (Saxônia), onde ela recebeu uma sólida formação humanista e religiosa, e conviveu com a grande mística Santa Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade. Versada em Sagradas Escrituras, passava maior parte de seu tempo à oração e à contemplação da Paixão de Jesus e da Eucaristia.

Era gentil com todos, ainda mais com os pecadores, e cheia de devoção aos santos de Deus, às almas do Purgatório, e acima de tudo à Paixão de Nosso Senhor e seu Sagrado Coração.

Aos vinte e cinco anos, quando depois de recitar as Completas, teve a primeira visão que transformou sua vida. Por obediência, registrou algumas de suas visões, nas quais esboça em palavras a indescritível beleza das conversas íntimas entre sua alma e Jesus e Maria. Suas obras constituíram de modo particular para a difusão do culto ao Sagrado Coração de Jesus.

Desde aquele momento Santa Gertrudes se tornou alma essencialmente contemplativa, acentuando sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus, à Eucaristia, conformando sua imensa piedade às sucessivas experiências místicas.

Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos.

Morreu a 17 de novembro 1302. Foi, sem dúvida, uma das grandes místicas de seu tempo.