Santa Margarida nasceu na Hungria, em 1046, quando lá estava exilado seu pai, o herdeiro inglês Edward Aetheling. Indo à Inglaterra, foi depressa obrigada a refugiar-se na Escócia, onde casou-se com Malcom III, rei da Escócia. Deste casamento nasceram oito filhos e foi sumamente solícita pelo reino e pela Igreja; aliava a oração e o jejuns à generosidade para com os pobres, dando assim exemplo admirável de esposa, mãe e rainha.
Rainha de vida austera, interessou-se pela reforma do país: favoreceu a vida religiosa, a difusão da cultura, a educação popular, construiu igrejas e mosteiros, ocupava-se pessoalmente da costura de paramentos e não descansava até que visse as leis de Deus e de sua Igreja serem observadas por todo o reino. Ademais, em meio a mil e um cuidados, sempre encontrava tempo para conversar com Deus dispondo sua piedade com tamanha doçura e discrição que acabou conquistando o marido, homem rude e ignorante que não sabia ler e nem escrever, para uma vida de santidade, como a sua. O rei tinha o costume de levantar-se de madrugada para rezar, e amava beijar os livros santos que utilizava.
Mesmo com virtudes tão grandiosas, Santa Margarida constantemente derramava lágrimas por seus pecados e pedia ao confessor que corrigisse suas faltas.
Em seu leito de morte, recebeu a notícia de que o marido e o filho mais velho haviam sido mortos em batalha. Agradeceu a Deus, que lhe enviara esta última aflição como penitência por seus pecados. Santa Margarida morreu a 16 de novembro de 1093 em Edimburgo e foi sepultada em Dunferline, sendo canonizada em 1249.
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