Depois da sua solicitude em celebrar com os devidos louvores todos os seus filhos que se alegram no céu, a Igreja quer interceder diante de Deus pelas almas de todos os que nos precederam marcados com o sinal da fé e agora dormem na esperança da ressurreição, bem como por todos os defuntos desde o princípio do mundo cuja fé só Deus conhece, a fim de que, purificados de toda a mancha do pecado, sejam associados aos cidadãos celestes, para poderem gozar da visão da felicidade eterna.
A comemoração dos falecidos remonta ao ano 998. A divulgação desta comemoração se deve a Santo Odilon, Abade de Cluny, que introduziu esta prática em todos os mosteiros beneditinos ligados ao de Cluny. Em 1311, a Santa Sé oficializou a memória dos falecidos, estendendo-a a toda a Igreja Universal. Esta comemoração leva-nos a professar, mediante a nossa fé, a ressurreição da carne: a nossa vida não termina dentro de um túmulo. Como Jesus de Nazaré, seremos ressuscitados pelo poder de Deus. Nossos dias não são senão a longa gestação para este nascimento definitivo: “Vem a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão a voz e sairão; os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que praticaram o mal, vão ressuscitar para a condenação” (João 5,28ss).
Tenhamos sempre em mente os mortos e ofereçamos nossas orações por eles. Ao exibir essa misericórdia pelas almas que sofrem no purgatório, mereceremos ser tratados com misericórdia à nossa própria partida deste mundo, e a partilhar mais abundantemente dos sufrágios da Igreja, continuamente oferecidos por todos que foram dormir em Cristo.
A Academia Brasileira de Hagiologia é uma academia dedicada ao estudo da hagiologia, ou seja, dos santos, candidatos à honra dos altares, movimentos messiânicos e coisas sagradas e santificadas.
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