21 de maio
Bem-aventurado Manuel Gómez González, Presbítero, e Bem-aventurado Adílio Daronch, Coroinha; Mártires
(†1924)

Padre Manuel Gómez González nasceu em 29 de maio de 1877, em São José de Ribarteme, província de Pontevedra, Espanha. Foi ordenado sacerdote em 24 de maio de 1902, em Tui. Após a ordenação, exerceu seu ministério na Espanha e em Portugal. Devido à perseguição religiosa contra a Igreja Católica em Portugal, em 1913 migrou para o Brasil, onde atuou como pároco zeloso em Soledade e Nonoai, cidades do Rio Grande do Sul.

O coroinha Adílio Daronch nasceu em 1908, em Dona Francisca, também no Rio Grande do Sul. Em 1913, sua família transferiu-se para Nonoai, onde ele passou a integrar o grupo de coroinhas que acompanhavam o padre Manuel em visitas às comunidades do interior. O jovem Adílio também era aluno do padre Manuel.

Na Páscoa de 1924, o padre Manuel recebeu uma carta do Bispo de Santa Maria solicitando que fosse ao Regimento do Alto Uruguai celebrar a Páscoa dos militares. Depois, deveria seguir até a colônia de Três Passos para atender os colonos de origem alemã, que aguardavam a celebração da Santa Missa, batizados e a bênção do cemitério. O padre Manuel convidou seu coroinha Adílio a acompanhá-lo nesse longo itinerário pastoral, a serviço da paróquia de Palmeira das Missões.

Naquela época, o Rio Grande do Sul vivia um período conturbado. O estado havia recém passado pela Revolução de 1923, entre chimangos e maragatos, marcada por grande violência e derramamento de sangue. O padre Manuel e o coroinha Adílio seguiram a cavalo até o Alto Uruguai, onde, no dia 20 de maio de 1924, celebraram a Páscoa com os militares da Colônia Militar.

A caminho de Três Passos, ao chegarem a Feijão Miúdo, foram surpreendidos por anticlericais e inimigos da religião. Levados para o mato, foram amarrados a árvores e fuzilados. Era o dia 21 de maio de 1924.

Os próprios colonos que encontraram os corpos, ainda amarrados às árvores, providenciaram o sepultamento. Sobre a cruz da sepultura escreveram: “Mártires da fé, verdadeiros santos da Igreja, assassinados a 21 de maio de 1924”.

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