Nasceu em 1850, em Sant’Ângelo de Lódi, na Lombardia, Itália. De saúde precária, decidiu abandonar a carreira do magistério e entrar na congregação religiosa das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno. Não quiseram aceitá-la, achando-a doentia e frágil.

A Casa da Providência de Codogno acolheu-a, professando ali em 1877. Em 1880, aconselhada pelo Bispo de Lódi, Santa Francisca deixou a Casa da Providência para fundar a Congregação das Missionárias do Sagrado Coração, dedicada à instrução religiosa e humana da juventude.

Enquanto se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à catequização dos rapazes, foi compondo as regras do seu instituto, obra de prudência sobre-humana, que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7 anos de vida, a obra já contava com cinco casas.

Em 1889 partiu com suas filhas para Nova York, junto com os imigrantes italianos. Ali construiu casas, escolas, hospitais. Sua obra estendeu-se até Califórnia, Chicago. Alcançou toda a América Latina, inclusive o Brasil.

Em 1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. Morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67 anos de idade. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.

Assim referiu-se Pio XII à Madre Cabrini, por ocasião de sua canonização, em 1946: “Francisca nem sequer terá medo dos instáveis elementos da natureza. A graça e a vocação divina vencem nela todo temor e toda separação. Vede-a atravessar impertérrita dezenove vezes o oceano, costear duas vezes as praias do Pacífico, três as do Atlântico. Vede-a percorrer e sulcar em todos os sentidos os dois hemisférios do globo e atravessar a Cordilheira dos Andes”.