Conhecido como Clemente Romano, foi o terceiro sucessor de Pedro na Sé de Roma, governou a Igreja durante os últimos 10 anos do primeiro século, e é na Igreja do primeiro século uma figura de primeira grandeza.

Segundo alguns, era judeu; segundo outros, escravo liberto, e não é certo que tenha sido o colaborador nomeado por Paulo (Fl 4,3). O tempo em que esteve à frente da Igreja (92-102) foi marcado por uma relativa paz e tolerância por parte dos imperadores Vespasiano e Tito. O cristianismo começava a se difundir entre a nobreza romana, entretanto, surgiam também as primeiras dissensões internas.

A casa de São Clemente, sob a atual basílica constantiniana foi uma das primeiras igrejas domésticas.

De primeira importância é sua carta à igreja de Corinto (anos 93-97). É o primeiro documento papal que possuímos, primeira manifestação do cuidado pastoral do Bispo de Roma por todas as igrejas. Enquanto ainda vivo o Apóstolo João, o pontífice de Roma intervém com autoridade para restaurar a união na igreja de Corinto, fundada por Paulo, exortando os fiéis daquelas comunidades a se manterem unidos na fé e na caridade fraterna, o que atesta o prestígio de seu primado.

De acordo com Santo Irineu (202), São Clemente foi contemporâneo dos apóstolos, sendo testemunha viva e ocular da pregação e do ensinamento deles.