Nasceu em Sigmaringa (Alemanha) em 1577, filho de pais nobres. Na juventude, frequentemente recebia os sacramentos, visitava os pobres e doentes, e ademais passava muitas horas diante do altar. Estudou na Universidade de Friburgo, na Suíça. Formou-se em Direito e por vários anos exerceu o seu ofício em Colmar, na Alsácia. Ali era chamado de “o advogado dos pobres”, porque prestava seus serviços gratuitamente a quem não podia pagar.

Vendo-se em dificuldades de tornar-se ao mesmo tempo um advogado rico e bom cristão, aos 34 anos, ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e abraçou uma vida de penitência e oração. Cilícios, cintos com pontas de ferro e autoflagelações eram penitências brandas demais para o seu fervor, e, cheio do desejo do martírio.

A pedido de Gregório XV foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista, encarando todos os perigos para resgatar as almas das garras diabólicas.

Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte. Ao pregar em Sevis, um calvinista disparou em sua direção, mas o medo da morte não podia impedi-lo de proclamar a verdade divina. Após seu sermão, foi surpreendido em uma cilada por um grupo de protestantes e seu ministro, que o atacou buscando forçá-lo a aceitar a assim chamada “Reforma”. Mas disse em resposta: “Eu vim para refutar os vossos erros, não para acolhê-los; jamais renunciarei a doutrina católica, que é a verdade de todas as eras; e não temo a morte”. Como consequência foi trucidado. É o primeiro mártir da Congregação para a Evangelização dos Povos.