São Cirilo nasceu em 370. Tornou-se Patriarca de Alexandria em 412. Tendo inicialmente se envolvido com fervor na política partidária local, foi chamado por Deus para um conflito mais nobre.

Em 428, Nestório, Bispo de Constantinopla, passou a negar a unidade de Pessoa em Cristo e a recusar à Virgem Santíssima o título de Mãe de Deus. Convocado o Concílio de Éfeso, 431, São Cirilo dissertou com singular empenho em favor da integridade da fé católica sobre o dogma da única Pessoa em Cristo e a maternidade divina da Virgem Maria, derrotou seu adversário Nestório, que fizera verdadeira tempestade na Igreja. São Cirilo foi tenazmente apoiado por seus discípulos e amigos em todo o Oriente. Assim como a afirmação da maternidade divina de Nossa Senhora era necessária para a integridade da doutrina da Encarnação, assim também, para ele, a devoção à Mãe era um complemento necessário da devoção ao Filho. Pela defesa da ortodoxia, contra o erro de Nestório, arriscou ser mandado ao exílio e por alguns meses experimentou a humilhação do cárcere.

São Cirilo figura na história da Igreja como o grande e vitorioso defensor do Dogma Mariano, que proclama Maria Santíssima Mãe de Deus. Muito trabalhou pela liberdade e exaltação da Santa Igreja. Numerosos são os seus escritos apologéticos e humanísticos, todos de uma profundeza e clareza tais, que causaram a admiração de todos.

O Papa Leão XIII estendeu o seu culto a toda a Igreja Latina e lhe foi atribuído o título de Doutor da Igreja.