São Germano nasceu no território de Autun por volta do ano 496. O início de sua vida foi atribulado. Sua mãe tentou abortá-lo. Uma tia quis envenená-lo, mas os planos frustraram-se. Isto graças à criada que se equivocou. Em vez de dar a Germano o copo de vinho envenenado, deu-o a Estratídio, seu primo e filho da mandante. Na juventude, destacava-se pelo seu ardor espiritual. Ao ser ordenado sacerdote, tornou-se Abade de São Sinforiano, mas em consequência de sua austeridade, os monges destituíram-no do cargo. Foi abençoado nessa época com os dons de milagres e profecia. Tinha o costume de permanecer em vigília grande parte da noite na igreja, em oração, enquanto os monges dormiam. Certa noite, em sonho, um venerável ancião lhe apresentou as chaves da cidade de Paris e lhe transmitiu que Deus entregava aos seus cuidados os habitantes daquela cidade, para que os salvasse da destruição. Quatro anos após este divino conselho, em 554, acontecendo de se encontrar em Paris quando a sé ficou vacante pelo falecimento do bispo Eusébio, acabou elevado à cátedra episcopal, embora lutasse com muitas lágrimas na recusa do cargo.
A nova função não provocou alteração alguma em seu modo de vida. Fosse nas vestimentas, alimentação ou mobília, exibia sempre a mesma simplicidade e frugalidade. Tinha a casa perpetuamente lotada de pobres e aflitos, com muitos mendigos servindo-se à sua própria mesa. Deus conferia aos seus sermões uma maravilhosa influência sobre as mentes de todos os tipos de pessoas, de modo que mudou completamente a face da cidade em brevíssimo tempo.
Mesmo na velhice, não perdeu nada do zelo e intensidade com que cumprira os grandes deveres de seu cargo no auge da vida, nem a fraqueza a que suas austeridades o haviam reduzido fez com que diminuísse as mortificações, nas quais mais redobrava o fervor quanto mais se aproximava do fim do percurso. Mediante sua dedicação, extirparam-se da França os últimos resquícios de idolatria. Ele continuou seus trabalhos pela conversão dos pecadores, até que fosse chamado a receber o devido prêmio por eles, a 28 de maio de 576.
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