Marcello Candia nasceu em 27 de julho de 1916, herdando do pai o sentido de disciplina e da mãe a sensibilidade caritativa. Trabalhou para proteger o povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial e esteve envolvido na prevenção de sua deportação pela criação de novos documentos que salvariam as vidas dos judeus italianos, fazendo-os passar por italianos não judeus, em particular para crianças, escondendo-as em casas e indústrias ou ajudando-as a se mudarem com segurança para o Reino Unido ou América.

Em 1950, com a morte de seu pai e no final da Segunda Guerra Mundial, assumiu a gestão total da fábrica de sua família, sediada em Milão, com controle total de suas operações em toda a Itália. Depois de vivenciar a devastação mundial da Segunda Guerra Mundial, Marcello desenvolveu uma profunda consciência pela situação das pessoas pobres, preocupação que o levou a vender sua fábrica em 1964 e se mudou para o Brasil para ajudar as pessoas necessitadas que viviam na Amazônia.

No Brasil, ele trabalhou pelas necessidades dos pobres, apoiando iniciativas de justiça social e o trabalho das instituições de caridade locais. Foi alvo de suspeitas no início por parte dos missionários que estavam confusos com alguém de origem rica vindo servir os pobres como um homem pobre. Ele ignorou essas suspeitas e se considerou um discípulo dos pobres que desejava aliviar seu sofrimento e suas condições sociais.

Sua principal preocupação era a construção de um hospital em Macapá, para ser administrado para assistência aos pobres. A construção começou em 1961 e foi concluída no final da década, quando foi inaugurada em 1971. Ele também abriu um centro fora da cidade onde morava leprosos e trabalhou com eles até o fim de sua vida.

Sua saúde piorou, o que levou a várias crises de saúde que o levaram à morte em sua terra natal, em 31 de agosto de 1983, onde fazia visitas anuais.