Nasceu em Caleruega, na antiga Castela, Espanha, em 1170. Aos 14 anos, foi enviado para Palência, onde estudou filosofia e teologia. Foi nomeado cônego da catedral de Osma, e em 1203, acompanhou seu bispo até a Dinamarca.

Encarregado pelo Papa Inocêncio III de uma missão contra a heresia albigense, no sul da França, com tenacidade, bondade e fé esclarecida, conseguiu muitas conversões. Os albigenses defendiam a existência de dois princípios, de duas divindades: o bem e o mal, ensinavam o desprezo a tudo que fosse corpóreo, material, repudiavam o casamento e tudo o que, segundo a concepção maniqueísta, pudesse manchar a alma.

São Domingos pensou, então, em dedicar-se exclusivamente à pregação da doutrina cristã não somente com palavras, mas com o exemplo de vida austera e penitente, quis, ter corajosos e doutos colaboradores: fundou assim em 1215, em Tolosa, a Ordem dos Pregadores, livres de toda ingerência política, modelos de pobreza e firmes na doutrina. Deu grande importância ao estudo teológico e à pobreza de vida, mas sem os rigorismos que causam inconvenientes. Foi apóstolo do Rosário para a defesa da fé entre o povo; foi peregrino e missionário infatigável.

São Domingos foi, sem dúvida, um dos grandes inovadores da vida religiosa no século XIII, procurando uma nova forma de estar presente no mundo em transformação e responder aos desafios de sua época. Soube conciliar o sacerdote (serviço ministerial), o religioso (vida comunitária, contemplação) o evangelizador, e o missionário (anúncio do Evangelho).

Morreu em Bolonha, em 1221, entre os seus. É modelo do pregador e mestre da fé.