Miguel, nome hebraico que significa “Quem como Deus?”, é lembrado duas vezes no livro de Daniel como protetor particular do povo eleito (Dn 10,13 e 12-1). A carta de São Judas (v. 9) mostra-o em luta contra Satanás pelo corpo de Moisés. Também o Apocalipse (12,7) recorda o combate de Miguel e seus anjos contra o dragão. A liturgia dos mortos pede-lhe que acompanhe as almas. Muito venerado pelos judeus, cedo se tornou muito popular no culto cristão. O dia 29 de setembro é aniversário da dedicação de uma igreja a ele dedicada em Roma (séc. V).
Gabriel, “força de Deus”, apresentou-se a Zacarias como “aquele que está diante de Deus” (Lc 1,19). Levar o anúncio de Deus é a tarefa que lhe reconhece Daniel (8,16; 9,21): de fato, anunciou o nascimento de João Batista e o de Jesus Cristo (Lc 1,5-22.26-38).
Rafael, “Deus curou”, comparece no livro de Tobias como acompanhante do jovem Tobias em sua viagem e como portador de salvação do velho pai cego. São Lucas mostra muitas vezes a intervenção dos anjos nas origens da Igreja, porque com a vinda de Cristo a humanidade entrou em nova era, era definitiva, em que Deus está próximo do homem e o céu está unido à terra. Os anjos vêm de Deus, “enviados a serviço, para vantagem daqueles que devem ser salvos” (Hb 1,14).
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