18 de outubro
São Lucas, Evangelista

Nasceu em Antioquia e exerceu a profissão de médico (Cl 4,14). Depois da conversão, esteve a serviço de Paulo (Fm 24; 2Tm 4,11; At 16,10- 17; 20,21; 28) e encontrou-se provavelmente a seu lado em seus últimos dias (2Tm 4,11). Sua origem grega, sua procedência do paganismo e a colaboração com a obra apostólica de Paulo aparecem sob muitos aspectos em toda ação evangelizadora e nos escritos paulinos.

 

O Evangelho de Lucas tem como tema fundamental a admissão de todos os povos à salvação (Lc 3,6; 7,1-9; 13,28-30; etc.) e a participação no Reino de todas as categorias de pessoas que a antiga Lei excluía do culto: os pobres, os pecadores, os fracos, as mulheres, os pagãos (Lc 5,29-32; 7,36- 50; 8,1-3; 10,21-22). É todo um “alegre anúncio” de que Jesus é o Salvador, todo bondade, misericórdia, doçura, alegria. Sua vida e ministério são apresentados como uma “viagem” de subida a Jerusalém, ao Calvário, à glória.

Os Atos dos Apóstolos são para Lucas uma “história-anúncio” da Igreja missionária no mundo, sob o poderoso influxo do Espírito Santo. Narra ele em círculos concêntricos a difusão da mensagem e do mistério de Cristo por obra dos Apóstolos, discípulos, diáconos e fiéis, apresentando primeiro a Igreja de Jerusalém, depois as primeiras missões na Palestina e circunvizinhanças, e enfim as grandes viagens apostólicas de Paulo.

O humilde historiador jamais nomeia a si mesmo, mas pelo uso ocasional do “nós” e “eles” somos capazes de detectar sua presença nas cenas que descreve. Assim, descobrimos que ele navegou com São Paulo e Silas desde Troas à Macedônia; que ficou para trás aparentemente por sete anos em Filipos, e que por fim participou do naufrágio e dos perigos da memorável viagem a Roma. Lá se encerra sua narrativa, mas pelas Cartas de São Paulo sabemos que São Lucas foi seu fiel companheiro até o fim. Sofreu o martírio algum tempo depois, em Acaia.

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