Nasceu, em 3 de janeiro de 1905, em Vitória de Santo Antão – Pernambuco. Foi o primeiro dos cinco filhos de Pedro e Belarmina Monte. Seu pai, em busca do sustento da família, trabalhou duro na construção de estrada de ferro, passando por várias cidades, até estabelecesse em Natal – Rio Grande do Norte, em 1917.

Iniciou os estudos no Colégio Santo Antônio (Marista) e, depois, entrou no Seminário São Pedro, em Natal. Devido à condição financeira simples da família, sua mãe (Dona Belarmina Monte) teve que contribuir com serviços de lavadeira para o seminário em troca da formação. Em 8 de setembro de 1927, com 22 anos, foi ordenado sacerdote.

Como padre, assumiu as funções de Capelão do Colégio da Imaculada Conceição, do Colégio Santo Antônio (Marista) e da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Foi também assistente eclesiástico da Congregação Mariana e da Ação Católica na Arquidiocese, e diretor espiritual do Seminário de São Pedro. Em 1941, pelo reconhecimento por serviços prestados à Igreja, recebeu o título de cônego.

A sua intelectualidade impressionava e ia além de sua religiosidade. Estudou, com profundidade, Teologia e Filosofia. Mas, foi adiante, estudou Matemática, Física, Biologia, Química, Geologia, Psicologia, História, Direito e Literatura. Também, não descuidou do Português e de outros idiomas. Poliglota, falava oito línguas.

Publicou inúmeros artigos em jornais e revistas, e publicou alguns livros. No Rio Grande do Norte, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico e acadêmico-fundador da Academia Norte-rio-grandense de Letras.

Aos 39 anos, contraiu subitamente forte tuberculose e, com bravura e força interior imbatível, lutou contra ela, mas não a venceu. Faleceu em 28 de fevereiro de 1944.