Padre Bento Dias Pacheco nasceu em 17 de setembro de 1819, na Fazenda da Ponte, Itu – São Paulo. Filho de Inácio Dias Ferraz e de Ana Antônia Camargo, provinha de família abastada na região.
Foi ordenado sacerdote em 1840. Iniciou seu ministério em Itu, mas pouco permaneceu em atividades paroquiais, na medida em que, em razão do falecimento de seu pai, passou a auxiliar na condução da fazenda familiar, que ficara sob os cuidados de sua mãe. Ainda assim, Padre Bento começou a se notabilizar na região em face dos cuidados que dispensava aos seus escravos. Situação que lhe robusteceu o sentimento de amor cristão ao próximo.
A forma como ele tratava os escravos da região despertou a atenção das autoridades de Itu, que lhe convidaram, por duas vezes, para assumir o cargo de capelão do Hospital dos Lázaros. Padre Bento recusou a distinção, por conta do medo e do preconceito que existia à época em relação aos portadores da lepra.
Em 1869, decidiu se dedicar integralmente aos leprosos, operando uma transformação profunda em sua vida. Vendeu todos os seus bens e distribuiu o dinheiro obtido aos pobres da região. Despediu-se de parentes e amigos, e passou a morar na Chácara da Piedade, em Itu, local em que eram segregados os leprosos, vítimas tanto da gravidade da moléstia quanto do radical preconceito e repulsa da sociedade.
Por 42 anos Padre Bento dedicou-se a cuidar desses doentes, dia e noite, amparando-os material e espiritualmente, sem que desenvolvesse a terrível mal.
Faleceu em 6 de março de 1911.
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