São João Ogilvie nasceu na Escócia, em 1579. Filho de um católico que se converteu ao calvinismo e de mãe católica. Por causa de seu pai, foi educado na religião calvinista. Foi enviado para a França e Alemanha devido aos seus estudos e lá deparou-se com vários testemunhos de vida dos católicos e acabou por se iniciar uma crise de fé, começando assim seu processo de conversão. Em Louvain, na Bélgica, esse processo se concretizou quando conheceu o Padre Cornélio a Lapide, que era um famoso exegeta da Companhia de Jesus.
A sua conversão ocasionou a ruptura com sua família resultando também na perda do seu sustento, além da certeza de perseguição na sua pátria natal.
Ingressou na Companhia de Jesus e sua serenidade chamava a atenção, além da alegria que tinha em viver. Quando foi ordenado sacerdócio, deparou-se com a necessidade de exercê-lo clandestinamente na Escócia por causa das perseguições.
A sua vida era um contínuo desafio ao sistema. Celebrava Missa, antes do amanhecer, com alguns fiéis de confiança; depois, visitava os enfermos, os encarcerados; encontrava novos convertidos.
Traído e preso, foi torturado, tendo sido uma vez privado de seu sono por oito dias e nove noites para que ele entregasse os fiéis católicos, mas apesar de tudo ele não cedeu. Sua morte ocorreu em 10 de março de 1615 quando foi enforcado e estripado. Suas palavras finais foram: “Se há ainda católicos escondidos, que rezem por mim, pois as preces dos heréticos eu não terei”.
Os seus restos mortais foram enterrados junto com os dos outros condenados e se perderam para sempre. Em 1976, o Papa São Paulo VI o canonizou.
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