Frei Paolono Baldassari, mais conhecido por Padre Paolino, nasceu em Quinzano de Loiano, Bologna, Itália, em 2 de abril de 1926. Em 1937 ingressou na Ordem dos Servos de Maria. Chegou a ser convocado pelo Exército de seu país para combater as tropas nazistas na Segunda Guerra mundial, mas antes que fosse necessário disparar um único tiro contra alguém, decidiu desertar para concluiu os estudos rumo ao sacerdócio.

Chegou ao Brasil em 1950, estudou Teologia na PUC-SP, emitiu sua profissão solene em 1951 e foi ordenado sacerdote no dia 22 de dezembro de 1953. Em 1954 trabalhou em Turvo, Santa Catarina.

Em 1955, chegou ao Acre, onde realizou trabalhos religiosos em Brasiléia e Sena Madureira. De 1968 até sua morte serviu a grande paróquia de Sena Madureira, realizando dezenas de desobrigas, construindo igrejas, escolas e cooperativas.

Durante anos, Padre Paolino viajou para aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas no interior do estado para celebrar os sacramentos e atender as comunidades. Aprendeu a usar a medicina da floresta, curando centenas de pessoas com remédios naturais e levando esperança a comunidades esquecidas.

Sua rotina diária se dividiu entre as atividades paróquias da igreja e o trabalho assistencial que realizava em diversos seguimentos sociais. Inclusive nas áreas de direitos humanos e meio ambiente que lhe renderam diversos prêmios nacionais e até internacionais. Por sua luta contra os crimes de pistolagem praticados por fazendeiros contra colonos e indígenas na disputa pela posse da terra, Padre Paolino chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz, em 1993.

Faleceu em 8 de abril de 2016, em Rio Branco. O velório do religioso atraiu centenas de pessoas para Sena Madureira. Alguns fiéis viajaram até 7 horas de barco para prestar homenagens.