Santa Madalena de Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774, na cidade de Verona, Itália, da nobre e influente família dos marqueses Canossa. Tendo ficado órfã muito cedo, amadureceu na dor e no sofrimento físico e moral. Sensibilíssima à experiência espiritual, procurou com fervor sua vocação pela oração e pela prática das virtudes evangélicas.

Aos dezessete anos, desejou consagrar sua vida a Deus e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação. No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio.

Diante da pobreza gerada pela guerra, no contexto da Revolução Francesa, e das inevitáveis consequências eclesiais, políticas e sociais, ela não se resignou, nem apenas lamentou inerte tais problemáticas, mas movida por um amor maior colocou-se a serviço dos pobres, dos doentes e dos menores abandonados.

Sua inspiração originária foi “Contempla e faça segundo o Modelo”, vendo no Crucificado a expressão perfeita do “maior amor” ao Pai e aos irmãos. A atenção às exigências da pessoa e da Igreja lhe fez constatar com dor que Cristo “não é amado porque não é conhecido”. Modelada pelo amor que resplandece na Cruz, “espírito de caridade, de doçura, de mansidão e de humildade, espírito de zelo e de fortaleza, espírito amabilíssimo, generosíssimo e pacientíssimo”, e para concretizar de modo estável e contínuo seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundou em 8 de maio de 1808, o Instituto das Filhas da Caridade, e em 23 de maio de 1831, o Instituto dos Filhos da Caridade, hoje mais conhecidos como Canossianos/as.

Santa Madalena de Canossa morreu em Verona aos 10 de abril de 1835. Foi beatificada aos 7 de dezembro de 1941 pelo Papa Pio XII e canonizada pelo Papa São João Paulo II, aos 2 de outubro de 1988.