30 de abril
São Pio V, Papa
(1504-1572)

Frade dominicano desde os quinze anos, Miguel Ghislieri, fosse como simples monge, inquisidor, bispo e cardeal, ganhou fama pela intrépida defesa da fé e da disciplina da Igreja, e pela vida casta e imaculada. Sua primeira preocupação como Papa foi reformar a corte e capital romana pelo impecável exemplo de seu próprio gabinete e pela severa punição dos infratores.

Durante os seis anos de pontificado realizou as decisões do Concilio de Trento: em matéria litúrgica, com a edição de um novo missal e novo breviário; em matéria catequética, com a publicação do Catecismo do Concílio de Trento; em matéria teológica, introduzindo nas universidades a Suma de Santo Tomás; no campo disciplinar, impondo aos bispos a residência operosa na diocese e a visita pastoral; aos religiosos, a clausura; ao clero, o celibato e santidade de vida; em campo missionário, promovendo a propagação da fé e a expansão das missões.

E não era menos ativo na proteção da Igreja do lado de fora de seus muros. Por mérito seu, os cristãos coligados obtiveram sobre os turcos a vitória de Lepanto (7 de outubro de 1571), por meio da Liga Santa que formara – na verdade, graças às orações que dedicava à grande Mãe de Deus – o já idoso Pontífice esmagou as forças otomanas e salvou a cristandade dos turcos.

Seis meses depois, faleceu, tendo governado a Igreja por apenas seis anos. Tinha o costume de beijar os pés de seu crucifixo ao entrar ou sair de seu recinto. Certo dia, os pés de Cristo se afastaram de seus lábios. A tristeza preencheu-lhe o coração, e por isso ocupou-se com atos de contrição, temendo que tivesse cometido alguma ofensa oculta, mas ainda os pés recusavam-lhe o beijo. Só depois veio a descobrir que eles haviam sido envenenados por um inimigo.

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