Nasceu no Alto Egito, no ano 292, de pais pagãos. Engajado à força no exército imperial com a idade de vinte anos, acabou prisioneiro em Tebas com todos os recrutas. Protegidos pela escuridão, alguns cristãos levaram-lhes comida. O gesto dos desconhecidos comoveu Pacômio, que lhes perguntou quem os havia levado a fazer aquilo. “O Deus dos céus”, foi a resposta dos cristãos. Naquela noite Pacômio orou ao Deus dos cristãos pedindo que o livrasse das correntes, comprometendo-se em troca dedicar-lhe a própria vida ao seu serviço. Obtida a liberdade, cumpriu a promessa agregando-se a uma comunidade cristã de um povoado do sul, o atual Kasr-es-Sayad, onde teve a instrução necessária ao batismo.
Ao invés de voltar para casa, buscou a Palemon, um idoso eremita, para aprender o que é a vida perfeita, e com grande alegria abraçou as mais severas austeridades. A comida deles era pão e água – uma vez ao dia no verão, e uma vez a cada dois dias no inverno; ocasionalmente acrescentavam ervas, mas então misturavam-lhes cinzas. Dormiam apenas uma hora por noite, e Pacômio neste breve repouso sentava-se ereto, sem apoiar-se em nada.
Três vezes Deus lhe revelou que ele fundaria uma ordem religiosa em Tabenna, e um anjo lhe entregou uma regra de vida. Confiando em Deus, construiu um mosteiro, ainda sem discípulos, porém enormes multidões logo afluíram para lá, onde ele as treinava no perfeito desapego das criaturas e do próprio ego. Certo dia um monge, com muito esforço, montou duas esteiras ao invés de uma, conforme prescrito na regra diária, e colocou ambas em frente à cela, para que Pacômio visse o quão diligente era. Mas o santo, percebendo a vanglória que motivara o ato, disse: “Este irmão passou enorme trabalho, do nascer ao pôr do sol, para entregar uma obra ao demônio”. Então, a fim de curá-lo de seu engano, Pacômio lhe impôs a penitência de cuidar de sua cela por cinco meses e não comer nada exceto pão e água. Suas visões e milagres eram inumeráveis, e podia ler todos os corações. Sua santa morte ocorreu em 348.
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