Santo Agostinho era Prior do Mosteiro Beneditino de Santo André em Célio e foi designado por São Gregório Magno como o grande líder dos missionários enviados à Inglaterra, com quarenta monges, em 597.

Santo Agostinho e seus companheiros, ouvindo em sua viagem muitos relatos sobre a barbárie e ferocidade dos ingleses pagãos, tiveram medo, e quiseram voltar. Porém, São Gregório Magno replicou: “Ide, em nome de Deus! Quanto maiores vossos sofrimentos, maior vossa coroa. Que a graça do Deus Todo-Poderoso vos proteja, e conceda-me ver os frutos de vosso labor no país celestial! Se não posso compartilhar do vosso esforço, posso ainda compartilhar da colheita, pois Deus sabe que não é boa vontade o que me falta”. Em obediência, o grupo de missionários seguiu em frente. Gregório Magno nomeou-o abade e pouco depois, para fazê-lo dar o passo decisivo, apenas chegando na Gália, fez que fosse sagrado bispo. A viagem ocorreu igualmente em breves etapas.

Aportando em Ebbsfleet, entre Sandwich e Ramsgate, encontraram o Rei Etelberto e seus barões sob um enorme carvalho em Minster e anunciaram-lhes o Evangelho de Jesus Cristo. Um sucesso total e instantâneo se seguiu à sua pregação. No domingo de Pentecostes de 596, o Rei Etelberto foi batizado, e seu exemplo seguido pela maioria dos nobres e do povo. Aos poucos a fé foi se espalhando, e Santo Agostinho partiu em visita à Bretanha, como legado papal. Falhou na tentativa de engajar na obra do seu apostolado os bretões da metade ocidental, por causa da inveja e orgulho obstinados daquele povo, mas triunfou de Norte a Sul.

Santo Agostinho morreu após oito anos de esforços evangélicos, em 26 de maio de 604. A Igreja anglo-saxônica, fundada por sua iniciativa, é ainda famosa por sua instrução, zelo e devoção à Santa Sé, enquanto seu calendário comemora não menos que 300 santos, metade deles de sangue real.