São Guilherme nasceu em Vercelli, no ano de 1085, de uma rica família da nobreza francesa. Tendo perdido pai e mãe na infância, foi criado pelos amigos com grandes aspirações de piedade. Aos quinze anos, vestiu o hábito monástico, fez peregrinações pela Europa visitando os santuários mais famosos. Última meta de sua peregrinação devia ser a Terra Santa, mas foi desaconselhado por São João de Matera, a quem havia visitado, e também porque os ladrões lhe haviam dado grande surra.

Depois se retirou ao reino de Nápoles, onde escolheu como abadia uma montanha deserta. Era uma terra habitada apenas por animais selvagens, onde, segundo a tradição, um lobo teria matado o burro que lhe servia de transporte. São Guilherme, então, teria domesticado toda a matilha, que passou a prestar-lhe todo tipo de auxílio.

Vivia como eremita, dedicando-se à oração e à penitência, mas isso durou pouco tempo. Logo começou a ser procurado por outros eremitas, religiosos e fiéis. Vendo-se descoberto e sua contemplação interrompida, mudou sua habitação e se fixou em um local chamado Montevergine, situado entre Nola e Benevento.

Contudo, sua reputação o perseguia aonde fosse, e ele foi obrigado por dois sacerdotes vizinhos a permitir que certas pessoas mais dedicadas vivessem em sua companhia e imitassem suas práticas ascéticas. Assim, em 1119, foi fundada a congregação religiosa chamada de Congregação Beneditina de Montevergine, que floresceu por muitos séculos. Somente em 1879 ela se fundiu à Congregação de Montecassino

São Guilherme morreu no dia 25 de junho de 1142, no mosteiro de Goleto. Teve os restos mortais transferidos, em 1807, para o santuário do Mosteiro de Maria de Montevergine, o primeiro que ele fundara, hoje um dos mais belos santuários marianos existentes. Em 1942, o Papa Pio XII canonizou-o.