Para os orientais, o dia 6 de agosto representa a Páscoa do verão, pela importância tipológico-bíblica do acontecimento recordado pelo Evangelho (a teofania). Na transfiguração, no monte Tabor, Jesus se manifesta aos seus discípulos em todo o esplendor da vida divina que está nele. Este esplendor é apenas uma antecipação daquele que o envolverá na noite de Páscoa e que nos comunicará, tornando-nos filhos de Deus. Nossa vida cristã é, desde então, um processo de lenta transformação em Cristo até a transfiguração na imagem de Cristo glorioso.
O episódio foi relatado pelos evangelistas São Mateus, São Marcos e São Lucas. Presentes estavam os apóstolos Pedro, João e Tiago. Jesus transfigurou-se diante deles, seu corpo ficou luminoso e resplandecentes suas vestes. Com isso Jesus quis manifestar aos discípulos que ele era realmente o Filho de Deus, enviado pelo Pai. Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus; é Deus-conosco, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. Sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai o ressuscitar e o fizer sentar à sua direita, na sua glória. Tudo isso é dito de uma maneira metafórica: luz, brancura, glória, nuvem… que indicam a presença de Deus.
O caminho necessário para a ressurreição é, contudo, o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de sua vida pelo perdão dos pecados.
A festa da transfiguração foi estendida ao Ocidente no ano 1456 por Calisto III, em Memória da gloriosa vitória sobre o Islã.
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