São Caetano, fundador da Congregação dos Clérigos Regulares ou Teatinos, nasceu em 1480, em Vicenza, de pais ilustres e virtuosos. Desde pequeno mostrava grande amor à oração e às obras de caridade.

Fez os estudos, doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico e recebeu do Papa Júlio II a ordenação sacerdotal. Morto este Papa, voltou à sua terra e dedicou-se quase exclusivamente ao serviço hospitalar. Sua única ambição era salvar almas.

Na segunda viagem a Roma, fundou, com três companheiros, uma nova ordem, cujo plano era: a santificação própria, combater a tibieza e ignorância entre o clero, regenerar os costumes da sociedade, observar escrupulosamente as cerimônias litúrgicas, restabelecer o respeito e reverência na casa de Deus, exterminar as heresias e assistir aos doentes moribundos; numa palavra: praticar a verdadeira ação apostólica.

Os companheiros cofundadores da ordem foram: Bonifácio de Colli, Paulo Chislieri, Antônio Chislieri e João Pedro Carafa, Bispo de Chieti (depois eleito Papa, com o nome de Paulo IV). Os Papas lhe confiaram diversas missões, dentre as quais, planos de reforma empreendidas pela Cúria Romana.

Aos religiosos deu uma regra, que os obrigava à perfeita pobreza, proibindo-lhes não só aceitar a mínima recompensa pelos trabalhos, mas vetando-lhes até pedir esmola. Por mais rigoroso que isto o parecesse, houve muitos que pediram ser aceitos como membros da nova Ordem.

A vida era-lhe o jejum contínuo, uma penitência sem fim. Verdade é que, nisto não lhe consistindo a santidade, Deus o distinguiu com privilégios e dons extraordinários. Muitas vezes teve aparições de Nossa Senhora, das quais a memorável foi a da noite de Natal, em que Maria Santíssima se dignou apresentar-lhe o Divino Infante.

Fatigado pelas dificuldades e pela doença, foi finalmente receber seu prêmio em 1547.