Santa Dulce dos Pobres (Maria Rita de Sousa Lopes Pontes) nasceu no dia 26 de maio de 1914, em Salvador – Bahia, no seio de uma família de boa posição social, que tinha fortes convicções cristãs e uma caridade operosa. Desde a infância, ela se destacou por sua grande sensibilidade para com os pobres e necessitados. Completados os estudos, abraçou a vida religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, indo morar em São Cristóvão, Sergipe. Em 13 de agosto de 1933 ocorreu a Cerimônia de Vestição, iniciando seu Noviciado e recebeu o nome religioso de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe. Em 15 de agosto de 1934 emitiu os Votos Temporários, retornando para Salvador, onde iniciou os seus trabalhos junto aos mais necessitados e operários, criando a União Operária São Francisco e o Círculo Operário da Bahia. Em 15 de agosto de 1938 professou os Votos Perpétuos.

Animada por um intenso zelo missionário, Irmã Dulce se dedicou também, seriamente, à instrução de trabalhadores, sobretudo na assistência e cuidado dos mais sofredores. Irmã Dulce concretizou plenamente a sua ação caritativa com a fundação das Obras Sociais Irmã Dulce. Sua caridade era maternal e carinhosa. Sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do alto recebia forças e recursos para dar vida a uma maravilhosa atividade de serviço aos que dela precisavam.

Em 1988 foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz. Em 1991, em seu leito de enfermidade, recebeu a visita do Papa São João Paulo II. Os últimos meses de sua vida foram marcados pela doença, que enfrentou com serenidade e completo abandono nas mãos do Senhor. Em 13 de março de 1992, Irmã Dulce faleceu, em Salvador, com fama de santidade. Em 3 de abril de 2009, o então Papa Bento XVI reconheceu a heroicidade das suas virtudes; em 22 de maio de 2011, celebrou-se o rito de sua beatificação; e em 13 de outubro de 2019, ela foi canonizada na Praça de São Pedro pelo Papa Francisco, passando a ser conhecida como Santa Dulce dos Pobres.