Nasceu em Aragão, em 1556. Quando tinha apenas cinco anos, liderou uma tropa de crianças pelas ruas para encontrar o demônio e matá-lo. Tornou-se padre e engajou-se em várias reformas, quando ouviu uma voz dizendo: “Vai a Roma”, e teve uma visão de muitas crianças sendo ensinadas por ele e por uma companhia de anjos. Quando chegou à Cidade Santa, seu coração se comoveu ante o vício e ignorância dos filhos dos pobres. A carência deles dobrou a sua humildade, que acabou fundando a Ordem Religiosa das Escolas Pias, Escolápios.

Ele próprio providenciava tudo que era necessário para a educação das crianças, não recebendo nada em troca, e logo havia cerca de mil estudantes de todos os níveis sob seus cuidados. Cada lição começava com uma oração. A cada meia-hora renovava-se a devoção com atos de fé, esperança e caridade, e próximo ao término do turno escolar as crianças eram instruídas na doutrina cristã. Depois, voltavam escoltadas até suas casas pelos mestres, de modo a evitar qualquer perigo pelo caminho.

Surgiram, porém, inimigos dentre seus próprios subordinados. Eles o acusaram junto ao Santo Ofício, e aos 86 anos ele foi levado pelas ruas para a prisão. No fim, a ordem que fundara foi reduzida a uma simples congregação, e não recuperou seus antigos privilégios até depois da sua morte. Contudo, ele faleceu cheio de esperança. “Minha obra”, dizia, “foi feita somente pelo amor de Deus”.