15 de setembro
Bem-aventurada Virgem Maria das Dores

A Virgem Maria Santíssima, estando de pé junto à cruz de Jesus, foi associada íntima e fielmente à Paixão salvífica do seu Filho e se apresentou como a nova Eva, de modo que, assim como a desobediência da primeira mulher conduziu à morte, assim a admirável obediência da Virgem Maria trouxe a vida.

A festa de hoje liga-se a uma antiga tradição cristã. Na Sexta-Feira da Paixão Maria Santíssima voltou a se encontrar com Jesus, seu filho. Foi um encontro triste e muito doloroso, pois Jesus havia sido açoitado, torturado e exposto à humilhação pública. Coroado de espinhos, Jesus carregava até ao Calvário a pesada cruz, para lá ser crucificado. As entranhas de Maria se compungem de dor. Perde as forças e cai por terra, vergada pela dor e pelo sofrimento de ver Jesus prestes a morrer suspenso na cruz. Recobrando os sentidos, reúne todas as suas forças, acompanha o Filho e permanece ao pé da cruz até o fim.

Em 1667 a Ordem dos Servos de Maria – Servitas, inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no século XIII instituíram a Companhia de Maria Dolorosa) obteve a aprovação da celebração litúrgica das Sete Dores da Virgem, que durante o pontificado de Pio VII foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro. O Papa São Pio X fixou a data definitiva de 15 de setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, para memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Bem-aventurada Virgem Maria das Dores.

Somos convidados hoje a meditar os episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas 2,33ss); a fuga para o Egito (Mateus 2,13ss); a perda de Jesus aos doze anos, em Jerusalém (Lucas 2,41ss); o caminho de Jesus para o Calvário (João 19,12ss); a crucificação (João 19,17ss); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas 23,50ss).

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