14 de setembro
Exaltação da Santa Cruz

A Igreja universal celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz. É uma festa que se liga à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma foi construída sobre o Monte do Gólgota, por isso se chama “Basílica do Martyrium” ou “Ad Crucem” A outra foi construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e foi ressuscitado pelo poder de Deus, por isto é chamada “Basílica Anástasis”, ou seja, “Basílica da Ressurreição”.

A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Segundo contam, o imperador levou a Santa Cruz às costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao patriarca Zacarias, no dia 3 de maio de 630. A partir daí a Festa da Exaltação da Santa Cruz passou a ser celebrada no Ocidente. Tal festividade lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de Deus.

O uso litúrgico, que requer a Cruz próxima do altar quando se celebra a Santa Missa, representa uma evocação da figura bíblica da serpente de bronze que Moisés elevou no deserto; olhando-a os hebreus mordidos pelas serpentes, eram curados. Em sua narrativa da Paixão, devia São João Evangelista ter presente o simbolismo profundo deste grande “tipo”: “Contemplarão aquele que traspassaram” (Zc 12,10; Jo 19,37). O símbolo da cruz sacralizou, por séculos, todos os cantos da terra e todas as manifestações sociais e privadas; vivia-se em outro contexto histórico. Hoje corre o risco de ser varrido ou, pior, instrumentalizado por uma moda de consumo.

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