São Jerônimo, Presbítero e Doutor da Igreja (340-420)

Nasceu na cidade de Estrido, Dalmácia, nas atuais fronteiras da Iugoslávia, por volta do ano 340. Em Roma, estudou gramática, retórica, filosofia… Foi um dos grandes escritores do seu tempo.

Converteu-se ao cristianismo e decidiu tornar-se monge. Partiu para as terras do Oriente, berço do monaquismo. Fixou-se na Síria e entregou-se a uma vida de penitência e de oração. Convenceu-se, entretanto, de que a sua verdadeira vocação era servir a Igreja na qualidade de escritor. Procurou, então, conciliar a vida monástica com o ofício de escrever: dedicação total aos estudos, reflexão, autodisciplina.

Tornou-se sacerdote, mas raramente exercia o ministério sacerdotal. Regressando a Roma, foi feito secretário do Papa São Dâmaso, época em que começou os trabalhos de tradução da Sagrada Escritura, a partir dos textos originais para o latim, conhecida hoje como “Vulgata. Morrendo o Papa Dâmaso, foi para o Oriente, estabelecendo-se em Belém. Deixou escritas várias obras (cartas, tratados de exegese, comentários bíblicos), mas nada o tornou tão célebre quanto a tradução da Vulgata.

São Jerônimo é personalidade fortíssima: em toda parte por onde vai suscita entusiasmos ou polêmicas. Em Roma ataca os vícios e hipocrisias e preconiza também novas formas de vida religiosa, atraindo para elas algumas influentes damas patrícias (de Roma), que o seguiram depois na vida eremítica de Belém. A fuga da sociedade deste exilado voluntário era gesto ditado por sincero desejo de paz interior, não sempre duradouro, uma vez que, para não ser esquecido, reaparecia de vez em quando com algum novo livro. A vastíssima produção literária e a competência bíblica colocam-no entre os maiores doutores da Igreja latina, patrono dos biblistas.

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