Ceia do Senhor - Lava Pés

A Páscoa é o centro da vida e da fé dos cristãos. Trata-se da passagem da morte para a vida, da ausência para a presença, do Amor em plenitude.

A Quinta-feira Santa é a “porta de entrada” para o Tríduo Pascal, ou seja, é o “início” do período mais importante da Semana Santa, quando comemoramos a Paixão, a Morte e a Ressurreição de nosso Senhor.

Esse é o dia em que Jesus celebrou a Última Ceia com seus apóstolos e instituiu dois sacramentos para a salvação da humanidade: a Eucaristia e a Ordem Sagrada.

Jesus se despede dos discípulos e deixa o sinal sacramental. Para alguns é o nascimento da Igreja, visto que no mandato de Jesus “fazei isto em memória de mim” temos a convocação permanente da assembleia eclesial através dos tempos. Jesus deixa para seus discípulos, de ontem e de hoje, um testamento de amor, que não fica em palavras, mas em ação, em entrega total.

A instituição da Eucaristia como rito memorial da nova aliança é certamente o aspecto mais evidente da celebração atual, que, aliás, justifica a sua solenidade como uma evocação histórica e figurativa do acontecimento realizado na última ceia. Mas é o próprio Missal Romano que convida a meditar sobre outros dois aspectos do mistério deste dia: a instituição do sacerdócio ministerial e o serviço fraterno da caridade. De fato, sacerdócio e caridade estão estreitamente ligados com o sacramento da Eucaristia, compreendido em sua globalidade e de modo mais preciso.

Naquele dia Jesus também lavou os pés dos apóstolos, tornando-se um paradigma, modelo e medida de amor por meio do serviço, e depois lhes diz: “Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, para que, como eu vos amei, também vós vos ameis uns aos outros” (Jo 13,34).

 

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