Nascido por volta do ano 1003, Santo Eduardo, o Confessor, mereceu a fama de santo por três qualidades em especial: ele foi um rei muito fervoroso espiritualmente, muito afável com as pessoas e um grande defensor da paz.

Inesperadamente subiu ao trono da Inglaterra aos 40 anos de idade. Sobre o trono, as virtudes resplandeceram com um brilho. Por uma rara inspiração de Deus, ainda que tivesse se casado com Edite Golwin, filha de seu mais irredutível adversário, o astuto barão Golwin, para agradar aos nobres e ao povo, decidiu preservar uma perfeita castidade no matrimônio. Importava-se tão pouco com riquezas, que nas três vezes em que viu um servo roubando seu tesouro o deixou escapar, dizendo que o pobre sujeito precisava mais do ouro do que ele. Adorava ficar aos portões do seu palácio, conversando gentilmente com os pobres mendigos e leprosos que se lhe acercavam aos montes, e muitos dos quais tinham suas doenças curadas pelo santo rei.

Seu empenho maior foi a restauração do espírito cristão no seu reino. Procurou administrar os negócios públicos com sabedoria, aliviando a nação de pesadas taxas, lutando contra o perigo de invasões estrangeiras.

As longas guerras haviam levado o reino a uma triste condição, porém o zelo e a santidade de Eduardo logo produziram uma enorme mudança. Seu reinado constituiu-se de 24 anos de uma paz quase plena; o país tornou-se próspero; as igrejas, antes em ruínas, foram erguidas por suas mãos; os vulneráveis viviam em segurança.

O jovem rei desfrutava a fama de santidade e era já chamado de “confessor”, talvez para distingui-lo do avô, Eduardo, o Mártir, assassinado por ordem de sua madrasta.

Morreu a 5 de janeiro de 1066, e seu corpo, encontrado ainda intacto depois de 50 anos, foi trasladado solenemente para a igreja abacial a 13 de outubro de 1162, o ano seguinte ao de sua canonização, pelo Papa Alexandre III.