São Justino nasceu de pais pagãos em Neápolis, na Samaria, por volta do ano de 103. Recebeu boa educação e se dedicou ao estudo da filosofia, mas sempre com um objetivo em mente, que era adquirir o conhecimento de Deus. Buscava este conhecimento entre as escolas de filosofia em disputa, contudo sempre em vão, até que enfim o próprio Deus saciou a sede que Ele mesmo despertara. Certo dia, enquanto Justino caminhava pela orla do mar, meditando sobre o conceito de Deus, um ancião apareceu em seu caminho e lhe perguntou sobre o assunto de suas dúvidas, e quando levou Justino a confessar que os filósofos nada ensinavam de indubitável sobre Deus, contou-lhe sobre os escritos dos profetas inspirados e daquele Jesus Cristo que anunciavam, e rogou que buscasse a iluminação e o entendimento através da oração.
As Escrituras e a constância dos mártires cristãos levaram Justino da escuridão da razão humana para a luz da fé. Com seu zelo, viajou à Grécia, Egito e Itália, conquistando muitos para Cristo. Elaborou uma síntese do pensamento cristão em seus escritos, dos quais nos restam apenas dois: “Apologias” e o “Diálogo com Trifão”. Abriu em Roma uma escola onde realizava para o público “mesas redondas” sobre problemas religiosos. Defendeu a Igreja contra os ataques dos pagãos e pagou com o próprio sangue sua fidelidade a ela. É o porta-voz da Igreja preocupada em ir ao encontro do mundo e em abrir com ele um diálogo, para levá-lo a conhecer a Boa-nova que é Cristo. Na formação dos catecúmenos, ou seja, daqueles que aspiravam a tornar-se cristãos, preocupava-se com mostrar o vínculo secreto entre Batismo e Eucaristia.
Em Roma, selou seu testemunho com o próprio sangue, cercado pelos discípulos. “Por acaso achas”, disse o prefeito a Justino, “que ao morrer entrarás no Céu, e serás recompensado por Deus?”. “Não acho”, foi a resposta do santo; “sei”. Naquela época, como agora, havia muitas opiniões sobre a religião, mas apenas uma correta – a certeza da fé católica. Esta certeza deveria ser a medida de nosso zelo e de nossa confiança.
A Academia Brasileira de Hagiologia é uma academia dedicada ao estudo da hagiologia, ou seja, dos santos, candidatos à honra dos altares, movimentos messiânicos e coisas sagradas e santificadas.
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